A exposição “A cor e o lirismo de Alberto Massuda – 100 anos”, realizada pelo Museu Oscar Niemeyer (MON), será inaugurada no dia 13/11, às 19h, na Sala 7. São mais de 90 pinturas que retratam diversas fases da trajetória do artista (1925–2000), que nasceu no Egito e escolheu o Paraná para viver. A curadoria é de Fernando Bini.

“Celebrar o centenário de Alberto Massuda é também reconhecer a força transformadora da arte no Paraná", destaca Luciana Casagrande Pereira, secretária de Estado da Cultura. "Massuda foi um artista de alma inquieta e de intensa sensibilidade, que encontrou em Curitiba um território fértil para suas criações. Essa exposição enfatiza o papel do MON como guardião e difusor de trajetórias fundamentais da nossa história artística”, pontua.

“Massuda nos deixou um imenso legado. Temos aqui um significativo recorte, uma retrospectiva que nos permite voar no tempo, guiados pelas cores e traços poéticos do artista”, diz a diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika.

A exposição inicia com a sua produção no Cairo, percorre os primeiros anos no Brasil, apresenta a sua integração ao movimento artístico curitibano e chega aos últimos anos de sua produtiva trajetória, sempre com traços fortes e marcantes, característicos do conjunto de sua obra.

“A Sala 7 do MON cada vez mais se firma como um espaço destinado ao legado paranaense das artes visuais”, comenta Juliana. “Entendemos que os museus são espaços vivos e de conhecimento, que incrementam repertório e proporcionam experiências únicas a seus públicos. Possibilitar diálogos constantes entre a arte paranaense e os nossos visitantes é um dos objetivos do Museu”, diz.

Massuda iniciou nas artes muito jovem. “Depois de estudar na Escola de Belas Artes e na Faculdade de Pedagogia Artística da Universidade do Cairo, participou do Groupe de l’Art Contemporain, em sua cidade natal”, explica o curador da mostra. Bini informa também que Massuda fez parte de vários movimentos artísticos e exposições, entre elas, no Museu de Arte Moderna do Cairo (1948), na Bienal de Veneza, na Itália (1952), e na Bienal de Alexandria (1955), obtendo, nesta última, a Medalha de Bronze.

Mudou-se para o Brasil, instalando-se em Curitiba em 1958, quando participou ativamente do Movimento de Renovação das Artes Visuais. Em 1964, integrou o Grupo Um, ou GUM, formado junto a Érico da Silva, René Bittencourt, Álvaro Borges e Waldemar Roza. 

“É impossível catalogá-lo em uma categoria; ele é o poeta da cor e do onirismo próximo a Marc Chagall, mas com a cor herdada de Henri Matisse. É o pintor das ninfas e das cariátides, da vida simples e ingênua impregnada pelas tradições acumuladas pela sua vivência, não sem angústias e mistérios”, diz o curador.

Massuda foi ainda professor de desenho e pintura na Casa Alfredo Andersen, no Centro Cultural Brasil-Estados Unidos e no Centro de Criatividade de Curitiba. “Ele fascinou seus alunos pela sua liberdade formal e cromática”, comenta Bini.

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SOBRE O MON
O Museu Oscar Niemeyer (MON) é patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Cultura. A instituição abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além de grandiosas coleções asiática e africana. No total, o acervo conta com aproximadamente 14 mil obras de arte, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina.

Serviço:
Exposição “A cor e o lirismo de Alberto Massuda – 100 anos”
Abertura: 13 de novembro, 19h
Espaços: Sala 7

Publicado por

Museu Oscar Niemeyer

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