
Pure Gold
Upcycled! Upgraded!
A mostra PURE GOLD – UPCYCLED! UPGRADED! é um instigante conjunto de obras que une designers de diversos países numa reflexão universal em comum: a relação do homem com a natureza. No total, são mais de 70 obras, de 53 designers, apresentadas na Sala 2 do MON. A idealização e a concepção da exposição é de Volker Albus, professor da Universidade de Artes e Design de Karlsruhe, Alemanha. A conceituação latino-americana é da pesquisadora e historiadora de design Adélia Borges.
A iniciativa é do IFA/ Instituto de Relações Internacionais –Stutgart/Alemanha (InstitutfürAuslandsbeziehungen).
Artista
Curadoria
Volker Albus e Adélia Borges
Período em cartaz
De 21 de agosto de 2025
Até 1 de março de 2026
Local
Sala 2
Planeje sua visita
SAIBA MAIS SOBRE A EXPOSIÇÃO
MON apresenta a exposição “PURE GOLD – UPCYCLED! UPGRADED!”: uma coletânea de design a partir de materiais de reciclagem
O Museu Oscar Niemeyer (MON) recebe na Sala 2 a mostra itinerante internacional “PURE GOLD – UPCYCLED! UPGRADED!” que apresenta 76 obras, desde móveis a objetos, de 53 designers de diversas nacionalidades. A inauguração será no dia 21 de agosto, às 19h.
É uma exposição do Institut für Auslandsbeziehungen e.V. (ifa) em cooperação com o Museu Oscar Niemeyer e o Goethe-Institut São Paulo. A idealização e a concepção da mostra é de Volker Albus, professor da Universidade de Artes e Design de Karlsruhe, Alemanha. A conceituação latino-americana é da curadora, pesquisadora e historiadora de design Adélia Borges.
“A exposição Pure Gold amplia o alcance do MON como espaço de reflexão sobre os grandes temas contemporâneos”, destaca a secretária de estado da Cultura, Luciana Casagrande Pereira. “Ao reunir obras que unem sustentabilidade, inventividade e impacto social, a mostra nos convida a repensar o próprio papel do design na construção de futuros mais conscientes”, pontua.
“Muito mais do que apenas objeto de contemplação, a arte é uma poderosa ferramenta para mudar a forma como algo é percebido, superar padrões estabelecidos e buscar novos valores”, afirma a diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika. “É o caso desta exposição, um instigante conjunto de obras que une designers de diversos países numa reflexão universal em comum: a relação do homem com a natureza”.
Juliana comenta que, não por acaso, além dessa mostra, o MON realiza simultaneamente outras que abordam a mesma questão. A ressignificação está, por exemplo, no trabalho do mexicano Gabriel de la Mora (Sala 1) e do brasileiro Barrão (Sala 3), ambos artistas com propostas semelhantes de discussão.
“A supraciclagem ganhou espaço mundialmente ao propor diferentes abordagens para processar materiais descartados e criar produtos novos, valiosos. Além de despertar a consciência para técnicas de produção alternativas, temos aqui exemplos do que pode ser feito”, diz.
Ao trabalhar com curadores da Europa, América Latina, Norte da África e Oriente Próximo, Leste Asiático, África Subsaariana, Sul da Ásia e Sudeste Asiático, o ifa reuniu na mostra dezenas de obras e designers internacionais, sendo dois brasileiros: Domingos Tótora e Brunno Jahara.
A exposição já foi apresentada em Londres, Hamburgo, Barcelona e Bangcok, entre outros lugares.
Na edição preparada para o Museu Oscar Niemeyer, a mostra propõe um diálogo com a coleção permanente do Museu. Ao incluir na mostra sete obras de Design que pertencem ao acervo do MON, permite ao visitante a possibilidade da comparação. Ao serem exibidas lado a lado, fazem perceber que não há diferença estética ou funcional entre as que utilizam material convencional ou reciclado.
Curadoria
O idealizador do projeto, Volker Albus, explica que o objetivo da “Pure Gold” é mostrar formas de reuso como uma alternativa atraente à aquisição industrial de materiais secundários – ao menos do ponto de vista do design. “Com diferentes níveis de perfeição, todos esses trabalhos são feitos inteiramente à mão ou com a ajuda de ferramentas muito simples, usando materiais usados e desgastados – lixo ou os materiais mais baratos disponíveis”, diz ele. “Isso significa que o gasto com equipamentos e operações é baixo. Obras como as exibidas aqui podem ser feitas em oficinas minúsculas, em estruturas industrialmente pouco desenvolvidas ou, até mesmo, em uma bancada de trabalho doméstica”, comenta.
A curadora Adélia Borges comenta que reutilizar materiais para criar novos objetos e estender seu ciclo de vida faz parte da cultura material latino-americana há muito tempo. “Enquanto em partes do mundo como a Europa essa prática deriva da consciência ambiental, nesses países ela surge de uma inventividade ditada pela necessidade de sobrevivência. A pobreza historicamente criou vastos agrupamentos populacionais marginalizados da sociedade de consumo. A falta de acesso a bens industrializados levou as pessoas a usarem suas próprias mãos para criar e fabricar objetos que atendessem às suas necessidades cotidianas”, diz.
“Reciclar, reutilizar e recontextualizar tornaram-se parte do nosso cotidiano – e não apenas no universo dos objetos”, afirma a curadora. Ela comenta que os designers latino-americanos participantes da mostra revelam a influência do design vernacular interno e dos movimentos sociais que impactam o design internacional. “Desta forma, nos convidam, enquanto consumidores, a conciliar consumo e vida em comunidade com o prazer estético e o desejo de um mundo melhor”.
Volker Albus
Nascido em 1949, estudou arquitetura na Universidade de Aachen, Alemanha. Em 1984, começou a projetar mobiliário e a trabalhar com design de interiores. Escreveu diversos livros e publica regularmente ensaios em revistas como Design Report, FORM, Hochparterre e KUNSTZEITUNG. É considerado um dos mais importantes representantes do Novo Design Alemão.
Adélia Borges
Jornalista, pesquisadora, historiadora e crítica de design, suas pesquisas balizam várias produções, tais como exposições, livros, artigos, reportagens e documentários. Inicialmente se voltou para o tema do design dos equipamentos para o hábitat. Suas áreas de interesse se expandiram para a relação do design com os campos da inovação social, sustentabilidade, desenvolvimento territorial, identidade cultural e relação entre designers e artesãos. É autora ou coautora de 44 livros, além de diversos artigos. Em 2021, recebeu o título de doutora honoris causa pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), em razão de sua contribuição à difusão do design no sul global.
SOBRE O MON
O Museu Oscar Niemeyer (MON) é patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Cultura. A instituição abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além de grandiosas coleções asiática e africana. No total, o acervo conta com aproximadamente 14 mil obras de arte, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina.
Sobre o Goethe-Institut
Conectamos pessoas em todo o mundo. Enquanto instituto cultural da República Federal da Alemanha, promovemos o intercâmbio cultural, a formação e os debates sobre a sociedade no contexto internacional, e apoiamos o ensino e a aprendizagem da língua alemã. Em colaboração com parceiras e parceiros, refletimos sobre as oportunidades e os desafios globais, reunindo diferentes perspectivas num diálogo que se baseia na confiança. Encaramos o ato de escutar e refletir como uma chave para o entendimento. Comprometemo-nos com os princípios da transparência, da diversidade e da sustentabilidade. Esses princípios caracterizam os nossos serviços e a nossa forma de trabalhar. Nossa rede global é composta por 150 Institutos Goethe em 99 países, além de diversas instituições parceiras.
Serviço:
Exposição “PURE GOLD – UPCYCLED! UPGRADED!”
Abertura: 21 de agosto, 19h
Imagens
Fotografia: Cheng Biliang
Fotografia: Diederik Schneemann
Fotografia: Zhang Han Sui Hao Li Hua
Fotografia: David Amar
Fotografia: Marjan Van Aubel - James Michael Shaw
Fotografia: Cheng Biliang
Fotografia: Diederik Schneemann
Fotografia: Zhang Han Sui Hao Li Hua
Fotografia: David Amar
Fotografia: Marjan Van Aubel - James Michael Shaw
Fotografia: Cheng Biliang
Materiais da Exposição
Lixo volumoso, resíduos, materiais baratos: puro ouro!
Pelo menos, aos olhos de muitos designers que estão na vanguarda dessa transformação. “PURE GOLD – UPCYCLED! UPGRADED!” explora a questão do descarte e apresenta diferentes formas de transformar materiais rejeitados em produtos de valor.
Com a industrialização global e níveis de consumo cada vez maiores, o upcycling tornou-se uma questão urgente. Por isso, o Institut für Auslandsbeziehungen (ifa) aborda esse tema por meio de uma exposição de design, uma plataforma digital, oficinas e conferências. O projeto tem como pilares a ética, a responsabilidade, a colaboração internacional e a co-criação.
A exposição “PURE GOLD” é composta por duas partes complementares: a mostra física e material e uma plataforma virtual que funciona como espaço de diálogo, debate e compartilhamento de conhecimento.
Os materiais apresentados nos exemplos são, em sua maioria, de fácil acesso em praticamente qualquer lugar e, essencialmente, “gratuitos”. Ainda assim, costumam ser vistos como lixo sem valor. O mesmo acontece com as técnicas usadas para transformá-los – habilidades artesanais muitas vezes baseadas em métodos tradicionais, que acabam carregando o estigma de serem ultrapassadas.
O objetivo desta exposição é questionar todos os rótulos negativos associados ao reuso e promover uma nova percepção sobre matérias-primas – e, consequentemente, uma valorização renovada dos produtos criados a partir delas.
Trabalhando com sete curadores da Europa, América Latina, Norte da África e Oriente Próximo, Leste Asiático, África Subsaariana, Sul da Ásia e Sudeste Asiático, o ifa reuniu 76 obras de 53 designers. Juntos, eles mostram como é possível agregar valor e significado em diversos contextos culturais.
Em cada etapa da turnê internacional, acontecem oficinas com designers e criadores locais. Os resultados são disponibilizados na plataforma digital na forma de guias passo a passo, convidando o público a continuar o diálogo e a troca de conhecimento. Informações e materiais complementares sobre os temas das oficinas serão acrescentados ao longo do projeto.
Em todos os locais por onde passa, o ifa também convida designers locais a apresentarem seus trabalhos junto com a exposição “PURE GOLD”.
ifa - Instituto de Relações Exteriores
Muito mais do que apenas objeto de contemplação, a arte é uma poderosa ferramenta para mudar a forma como algo é percebido, superar padrões estabelecidos e buscar novos valores.
É o caso da exposição “Pure Gold”, apresentada pelo Museu Oscar Niemeyer, um instigante conjunto de obras que une designers de diversos países numa reflexão universal em comum: a relação do homem com a natureza.
A supraciclagem ganhou espaço mundialmente ao propor diferentes abordagens para processar materiais descartados e criar produtos novos, valiosos. Além de despertar a consciência para técnicas de produção alternativas, temos aqui exemplos do que pode ser feito.
Não por acaso, além dessa exposição, o MON realiza simultaneamente outras mostras que abordam a mesma questão. A ressignificação está nas salas ao lado, seja com o mexicano Gabriel de la Mora ou com o brasileiro Barrão, ambos artistas com propostas semelhantes de discussão.
Aqui, em diálogo com a coleção permanente do Museu, sete obras de Design que pertencem ao acervo participam da mostra, dando ao visitante a possibilidade da comparação. Ao serem exibidas lado a lado, fazem perceber que não há diferença estética ou funcional entre as que utilizam material convencional ou reciclado.
Entendemos que se tornou emergente e urgente não a apresentação de soluções mágicas, mas o convite a pensar sobre o assunto, numa reflexão íntima e necessária. Como espaço vivo e de trocas, o museu permite este momento a cada um de nós, algo possível pela arte.
Juliana Vellozo Almeida Vosnika
Diretora-presidente do Museu Oscar Niemeyer
Ouro Puro ou: Por que Vale a Pena Prestar Mais Atenção ao Lixo Doméstico
“O Bayern de Munique está jogando hoje com camisas feitas de lixo”. Esta foi a manchete do jornal Bild em novembro de 2016, em um pré-jogo do campeonato alemão da Bundesliga entre Bayern e 1899 Hoffenheim. É claro que isso não significava camisas de segunda mão, feitas de roupas velhas, mas, como dizia a reportagem, camisas feitas completamente de “lixo dos oceanos” – “de 28 garrafas plásticas que foram retiradas do mar”. A reportagem continuava: “Com essas camisas, a fornecedora esportiva Adidas e os ambientalistas da Parley querem nos alertar sobre a poluição dos mares. Todos os anos, 20 milhões de toneladas de lixo plástico são jogadas no mar, e leva chocantes 600 anos para que isso se decomponha”.¹
Mesmo que essa iniciativa não tenha sido motivada exclusivamente por preocupação ambiental, e que a Adidas provavelmente também tivesse importantes interesses de marketing, esse uso de recursos é um exemplo do desenvolvimento cada vez mais dinâmico das tecnologias de reciclagem, assim como dos altos níveis de aceitação e valorização dos produtos reciclados disponíveis.
Nem sempre foi assim. Não faz tanto tempo que a palavra “reciclagem” evocava imagens de papel com cor de casca de batata ou de pavimentações trituradas, vistas como soluções improvisadas ou materiais de substituição que jamais deveriam ser usados onde critérios estéticos precisassem ser levados em conta. Isso mudou fundamentalmente. Quase todos os dias, lemos sobre novos produtos inovadores feitos inteiramente de plástico “upcycled”, jeans antigos, porcelana, borracha e muitos outros materiais – apresentados não apenas nas páginas de negócios, mas também nas seções de “pesquisa e tecnologia”. Isso significa que os produtos discutidos não são apenas semimanufaturados ou itens básicos como papel higiênico ou tijolos², mas também artigos sofisticados nas indústrias de móveis e têxteis, produtos em que tanto a qualidade técnica quanto a estética são decisivas para o sucesso comercial.
Prototipando essa estratégia, temos a Hudson Chair, de Philippe Starck, e a Aeron Chair, da Herman Miller. Essas duas cadeiras e muitos outros produtos reciclados são feitos a partir da reutilização de materiais que já haviam sido usados para fabricar mais ou menos o mesmo tipo de produto, sendo primeiro retornados ao seu estado original – pasta, líquido, pó ou fibra – mesmo que voltem a se transformar em cadeiras em sua nova forma. Em termos de processo produtivo, portanto, esses produtos não diferem muito do conhecido papel reciclado cinza-amarronzado; ainda assim, os têxteis modernos de uma fornecedora esportiva e o simples material de escritório de uma fábrica de papel estão em mundos completamente diferentes.
O aprimoramento estético é um desenvolvimento-chave e um grande diferencial. Na feira de tecnologia e informática Cebit, em 2017, a empresa japonesa Epson apresentou um equipamento que trabalhava com o chamado processo PaperLab. O primeiro passo é triturar o “papel velho” impresso, e o papel triturado é então transformado em novo papel à taxa de 720 folhas por hora, com quase nenhuma necessidade de água.³
Pode-se supor que não vai demorar muito para que máquinas descentralizadas como essa da Epson sejam aplicadas a outros campos e tecnologias de produção dentro de residências. Um exemplo são as impressoras 3D, que já estão amplamente difundidas. Elas podem ser alimentadas com resíduos domésticos devidamente separados e finamente moídos (em nossas próprias casas) e então produzir o que for necessário, desde peças de reposição até pequenos reparos. As habilidades de programação necessárias não serão problema, já que a Geração Minecraft já domina isso hoje.
Mas ainda não chegamos tão longe. Atualmente, essas tecnologias de reciclagem ainda são utilizadas de forma centralizada ou, ao menos, dentro da esfera de influência das empresas que fabricam esses bens (Adidas, Emeco, Herman Miller, Epson). Isso significa que o acesso ainda é relativamente limitado e geralmente bastante caro. O quão caro pode ser esse tipo de processo e como isso impacta o preço final para o consumidor pode ser visto no caso de uma tentativa de transformar um dos “poluentes ambientais” mais significativos das últimas décadas em um produto ecológico. A empresa Original Food, sediada em Freiburg, Alemanha, quis produzir cápsulas de café compostáveis como alternativa às cápsulas da Nespresso, de alto teor de alumínio, que resultam em cerca de 4.000 toneladas de lixo por ano.⁴ Essa iniciativa da Original Food parece uma boa notícia, mas o problema é que o preço da cápsula ecológica é 20% mais alto que o produto da Nestlé – e, além disso, não conta com o charme do “mulherengo” George Clooney. Lançar um novo produto poderia ser mais simples.
Apesar das dificuldades, esses exemplos mostram que, com as adaptações tecnológicas e equipamentos certos, a mudança é possível. Os desenvolvimentos atuais e a crescente aceitação indicam que, cedo ou tarde, processos como esses transformarão o princípio do reuso em um – senão o – padrão para a aquisição de matérias-primas.
É verdade que programas políticos e financeiros têm a maior força de mudança nesse campo – e não as grandes ideias dos designers. Nos exemplos de camisas de futebol, móveis ou cápsulas de café feitas de materiais reciclados citados aqui, os produtos são substitutos que se parecem exatamente com os produtos “ecologicamente incorretos”, com exceção de uma composição de materiais pouco perceptível ou invisível. Em outras palavras, o sucesso desses produtos se baseia apenas em uma ideia política e moral, ou em um arcabouço econômico ou regulatório.
Isso é bem diferente no caso de produtos que reconstroem objetos baratos e usados do dia a dia, os chamados “materiais encontrados”. Esses produtos não retornam por meio de processos técnicos ao estado original da matéria-prima para gerar um produto totalmente “novo”. Em vez disso, deixam os materiais encontrados mais ou menos como estão – em sua forma e composição finais e específicas. Mesmo que essa estratégia não se encaixe perfeitamente na definição da Lei Alemã de Gerenciamento de Resíduos⁵ ou, em outras palavras, não corresponda ao nosso entendimento do processo de reciclagem, essa forma de reuso é uma alternativa muito atraente à aquisição industrial de materiais secundários – ao menos do ponto de vista do design.
O objetivo da exposição “Pure Gold” é mostrar isso. Ela apresenta um total de 76 exemplos de 53 designers das regiões da Europa, América Latina, Norte da África e Oriente Médio, Leste Asiático, África Subsaariana, Sul da Ásia e Sudeste Asiático, que têm algo claro em comum. Com diferentes níveis de perfeição, todos esses trabalhos são feitos inteiramente à mão ou com a ajuda de ferramentas muito simples, usando materiais usados e desgastados – lixo ou os materiais mais baratos disponíveis. Isso significa que o gasto com equipamentos e operações é baixo. Obras como as exibidas aqui podem ser feitas em oficinas minúsculas, em estruturas industrialmente pouco desenvolvidas ou, até mesmo, em uma bancada de trabalho doméstica.
Resumindo: o reuso aqui é muito menos “fundamental” e, portanto, muito menos complexo. O valor agregado dos materiais usados vem apenas parcialmente das qualidades puramente físicas do material original. Ele também se deve ao uso das características físicas, compositivas, estruturais ou apenas estéticas de um produto deliberadamente selecionado ou encontrado ao acaso. Enquanto a reciclagem industrial busca gerar uma quantidade de produtos todos idênticos (como é a única forma de fabricar uma camisa de futebol como a do Bayern), essas estratégias de “as found” estão mais interessadas em usar qualidades específicas já conhecidas ou até então negligenciadas, como maleabilidade, cor, firmeza, textura ou estrutura do material, e em acrescentar nuances em um novo contexto. Às vezes, isso vai tão longe que os materiais são exibidos de forma quase demonstrativa, e seu contexto original e função só podem ser percebidos com um bom trabalho de detetive. Provavelmente ninguém perceberia que os recipientes de Waltraud Münzhuber são nada mais que fitas de vídeo tecidas de vários “filmes favoritos.” E seria igualmente difícil identificar, na Styrene Lamp, de Paul Cocksedge, uma composição geométrica precisa e ao mesmo tempo simples, feita de copos de café de poliestireno moldados pelo calor. A origem dos Free Range Stools, de El Ultimo Grito, também não é reconhecível à primeira vista; esses objetos amassados são caixas de papelão inteligentemente remodeladas e comprimidas.
Acima de tudo, é a diversidade dos materiais encontrados que transforma essa fonte em uma alternativa realista ao reuso de matérias-primas padronizadas que consomem muita energia. Materiais encontrados podem ser papéis de todos os tipos, papelão ondulado, vidro, pneus de carro, cortiça, jeans, madeira de construção, cestos plásticos, tábuas de madeira, lã, revestimentos de geladeiras, sacolas plásticas, chinelos, fitas adesivas e de PVC, sucatas de aço, bolsas baratas e muito mais. Se acrescentarmos os atributos característicos dessa lista – afinal, são as características físicas e estéticas que falam a favor ou contra o uso de um material – podemos ter uma ideia aproximada da imensa capacidade imaginativa que esse estoque praticamente inesgotável de lixo aparentemente inútil oferece para o design contemporâneo e futuro.
É claro que essa forma de design e produção não é realmente nova. Ela se assemelha ao princípio do ready-made nas artes plásticas, ao adhocism propagado por Charles Jencks no início dos anos 1970⁶, ou a diversos aspectos dos movimentos DIY (faça você mesmo) desde os anos 1960 até hoje, ou às práticas dos hippies nos anos 1960 e 1970.
Também podemos lembrar como objetos de uso diário foram improvisados em tempos de escassez, vindos de situações completamente diferentes, mas feitos e usados com o mesmo impulso e princípios de design das obras apresentadas nesta exposição.⁷
Em contraste com esses “movimentos”, no entanto (talvez com exceção dos objetos criados por necessidade), o desenvolvimento atual do design motivado pela reciclagem (ou da reciclagem motivada pelo design) mostrado nesta exposição não possui urgência missionária e não vem com nenhuma ideologia abstrata e idealista. Em vez disso, essas obras surgem de uma mistura de curiosidade e imaginação, um olhar analítico e, frequentemente, uma paciência incrível, combinadas com habilidades artesanais e um conhecimento sólido dos “materiais brutos” utilizados. Provavelmente é exatamente essa combinação de técnica pragmática e talento artístico que permitiu que esse fenômeno se espalhasse pelo mundo. Isso também significa que esses trabalhos manuais e “improvisados” não são menos significativos que as tecnologias desenvolvidas para a produção em massa e a reciclagem seriada.
Com certeza, considerando os 320.000 copos de café descartáveis descartados por hora (!) somente na Alemanha⁸, a importância da reciclagem industrial não pode ser subestimada. Isso também se aplica ao fato de que a produção manual pode ser feita de forma simples, com ferramentas básicas, e ainda gerar resultados excepcionais, como mostra esta exposição. A qualidade não está apenas no design, mas, com o artesanato adequado, também no valor monetário.
O designer Stuart Haygarth ocupa um lugar de destaque nesse aspecto.⁹ O lustre Drop, que ele criou em 2007, é feito de centenas de bases de garrafas plásticas cuidadosamente limpas e reorganizadas em uma forma que lembra gotas de água, como ideia central de design do produto. A produção e o material mostram que esse produto poderia ser feito em qualquer lugar do mundo, desde que garrafas plásticas suficientes estejam disponíveis – e estas são encontradas nas nossas praias em toda parte.
A única razão pela qual esse exemplo clássico de upcycling excepcional não pode ser incluído nesta exposição é o seu preço, de vários milhares de libras esterlinas. Isso mostra que não estamos tão distantes do valor do ouro que o título desta exposição sugere, especialmente quando olhamos com mais atenção para todo o lixo ao nosso redor.
Volker Albus
Curador
1 Bild, 5 de novembro de 2016, p. 1, p. 14.
2 Ver Neue Zürcher Zeitung, edição internacional, 22 de fevereiro de 2017, pp. 38/39.
3 Ver Frankfurter Allgemeine Zeitung, 23 de março de 2017, p. 19.
4 Ver Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung, 19 de março de 2017, p. 24.
5 “Reciclagem” é definida como “qualquer processo de uso que transforma resíduos em produtos ou materiais a serem utilizados tanto para seu propósito original quanto para outros fins. Isso inclui o uso e o processamento de materiais orgânicos que devem ser usados como combustível ou para preenchimento” (§ 3 parágrafo 25, Lei Alemã de Gestão de Resíduos).
6 Charles Jencks, Nathan Silver, Adhocism, Nova York, 1973.
7 Ver Werkbund-Archiv, Blasse Dinge, Werkbund und Waren 1945 – 1949. Eine Ausstellung des Werkbund-Archivs im Martin-Gropius-Bau vom 12.8. – 8.10.1989, revista da exposição, Berlim, sem data.
8 O número 320.000 foi retirado de Barbara Kuchler, “Über die Verhältnisse der anderen Leben,” no Frankfurter Allgemeine Zeitung, 26 de novembro de 2016.
9 Stuart Haygarth, www.stuarthaygarth.com/.
Upcycling na América Latina: Uma Longa Tradição
Reutilizar materiais baratos ou lixo para criar novos objetos e estender seu ciclo de vida faz parte da cultura material latino-americana há muito tempo. Enquanto em partes do mundo como a Europa essa prática deriva da consciência ambiental, nesses países ela surge de uma inventividade ditada pela necessidade de sobrevivência. A pobreza historicamente criou vastos agrupamentos populacionais marginalizados da sociedade de consumo. A falta de acesso a bens industrializados levou as pessoas a usarem suas próprias mãos para criar e fabricar objetos que atendessem às suas necessidades cotidianas.
No Brasil, até a década de 1970, a população era predominantemente rural. A criação de objetos para uso familiar ou comunitário era baseada em elementos naturais locais como matéria-prima. A palha se transformava em cestos para carregar mantimentos, redes para dormir ou coberturas de casas; o barro era moldado em recipientes para armazenar água ou pratos para comer; galhos e troncos de árvores, combinados com couro de animais, resultavam em móveis. No país apelidado de o que tem a maior biodiversidade do mundo, não faltam matérias-primas para suprir diferentes exigências de resistência, leveza, durabilidade e adaptação ao clima local em várias tipologias de objetos.
Com a crescente urbanização, materiais derivados dos resíduos da sociedade industrial foram incorporados aos materiais disponíveis na natureza. O lixo dos mais ricos tornou-se matéria-prima para as camadas da base da pirâmide social. Assim, reutilizar sobras – por mais “contaminadas” que pudessem parecer – tornou-se prática cotidiana. Outra atitude comum foi deslocar objetos de suas funções originais para adaptá-los a novos usos.
A arquiteta italiana Lina Bo Bardi (1914–1992), que veio ao Brasil nos anos 1940 e aqui permaneceu até o fim da vida, documentou essas práticas com admiração, conhecendo-as no fim dos anos 1950, quando passou a atuar no estado da Bahia, Região Nordeste do país, mais pobre que a industrializada São Paulo, onde vivia até então. Lina se encantou por colchas feitas com retalhos de tecido e por utensílios criados a partir da reutilização de embalagens de alumínio. Objetos paradigmáticos que ela recolheu em suas andanças incluíam lamparinas de querosene usadas para iluminar casas sem eletricidade, feitas com lixo – ironicamente, algumas utilizavam lâmpadas queimadas como recipiente para o combustível.
Outro intelectual profundamente interessado nessas práticas foi o designer Aloísio Magalhães (1927–1982). Nos anos 1970, ele criou o Centro Nacional de Referência Cultural, que documentava essas iniciativas locais. Aloísio foi motivado por uma pergunta do então ministro da Indústria e Comércio, Severo Gomes, que questionou por que os produtos brasileiros não tinham um caráter próprio. Segundo o designer, isso se devia ao desconhecimento da cultura material brasileira.
Como diretor do Centro, Aloísio conduziu pesquisas sobre têxteis, produção cerâmica, rótulos de bebidas, marcas populares, artesanato indígena e reciclagem de sobras industriais, entre outros temas – tudo com o objetivo de explorar a identidade dos produtos e do design brasileiros.
O Centro era uma instituição pública que buscava questionar a lógica funcionalista dominante no design institucionalizado da época, fortemente influenciado pelo modelo da Escola de Ulm (HfG Ulm), na Alemanha, que inspirou a primeira escola de design do Brasil – a Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI), fundada no Rio de Janeiro em 1963. O currículo da ESDI seguia o modelo de Ulm, de onde vieram alguns professores. A adoção desse estilo internacional tornou-se dominante não só na ESDI, mas também nas escolas criadas depois e na prática diária dos designers.
No fim dos anos 1980 e início dos anos 1990, ecos das preocupações com “reciclagem no design” começaram a chegar ao Brasil, principalmente da Europa, junto com iniciativas ambientais contra o consumismo exagerado e a ansiedade em ter cada vez mais coisas, conforme o estilo de vida ocidental. Expressões como “cultura Kleenex” passaram a representar criticamente essa mentalidade, assim como “usar e descartar”. Esses movimentos começaram a questionar até mesmo o uso da palavra “descartar”. Afinal, o que é realmente descartado? Se não está mais em casa, ainda faz parte da cidade, do país – e, em última instância, do mundo. Navios cargueiros transportam lixo compactado de países altamente industrializados para locais distantes no hemisfério sul, tentando “descartar” sua sujeira. No entanto, isso continua “dentro” do planeta. Precisávamos começar a enxergar o lixo como o único recurso em crescimento no planeta, como previu o pensador americano Buckminster Fuller.
Esses ecos internacionais chegaram à América Latina ironicamente num momento em que muitos países da região – inclusive o Brasil – passavam por grandes booms econômicos, o que enfraqueceu os esforços populares de reciclagem. Assim, por meio dos movimentos ambientais internacionais alimentados pela crise ecológica crescente, as iniciativas de reuso ganharam novo significado – agora como posicionamentos ideológicos, quase como manifestos sobre o futuro do planeta.
As ideias de alguns segmentos do design do hemisfério norte também influenciaram a América Latina, como se viu, por exemplo, na exposição “Conscious, Simple – Consciously Simple”, curada por Volker Albus e realizada em 1998 pelo ifa. Em maio de 1999, ela chegou ao Museu da Casa Brasileira, em São Paulo. Albus apresentou uma cultura alternativa de produtos concebidos, produzidos e utilizados de forma conscientemente simples, o que representou um choque para os ouvidos brasileiros acostumados ao pragmatismo industrial da Escola de Ulm.¹
Em novembro do mesmo ano, na exposição “Novos Alquimistas”, no Itaú Cultural, reuni objetos resultantes da valorização de materiais baratos ou reciclados. No mesmo espaço, criações vernaculares feitas por pessoas sem formação formal de diversas partes do país dividiam lugar com o trabalho de designers formados, que buscavam inspiração tanto na cultura tradicional brasileira quanto em novas ideias que emergiam das discussões no hemisfério norte. Muitos dos designers participantes da mostra referiam-se a seus avós como “mestres da reciclagem” – pessoas capazes de reaproveitar tudo, de transformar lixo em ouro.
Como escrevi no catálogo: “reciclar, reutilizar e recontextualizar tornaram-se parte do nosso cotidiano – e não apenas no universo dos objetos. O design gráfico mudou com a possibilidade de escanear e distorcer imagens por meio do computador. Na moda, dos grunges à alta costura, chegou às ruas. Os samplers são muito presentes no universo do pop, e outros movimentos musicais se apropriam de elementos da cultura tradicional local e de outros mundos. A ditadura do ‘bom gosto’ já não existe em nenhum domínio. A recirculação da informação, das formas e dos sons marca o nosso dia a dia. No campo dos objetos, não importam as nuances de cada país: há uma crítica comum ao modelo de progresso adotado pela sociedade industrial.”²
Os designers latino-americanos selecionados para “Pure Gold” revelam essa dupla influência: do design vernacular interno e dos movimentos sociais que impactam o design internacional. Brunno Jahara e Domingos Tótora, do Brasil, e o Colectivo Ático de Diseño, da Argentina, são protagonistas relativamente recentes na cena, e mesmo compartilhando visões semelhantes sobre o design contemporâneo, cada um adota caminhos diferentes.
Domingos Tótora começa projetando o próprio material com que irá trabalhar, desenvolvido a partir de embalagens de papelão descartadas. Não se trata de simples reaproveitamento, pois todo um novo processo está envolvido na transformação da matéria. O papelão é misturado com água e cola, depois prensado e moldado, adquirindo resistência. Só então assume as formas imaginadas pelo designer.
O caminho de Brunno Jahara é a recontextualização de peças muito baratas de plástico ou cerâmica, fabricadas em grandes séries. No processo de deslocamento e reagrupamento, ele gera novos usos e, principalmente, novos significados. São objetos prontos (ready-mades).
A curadora Luján Cambariere, por sua vez, no Colectivo Ático de Diseño, parte de antiguidades e convida designers a recriar as peças, inserindo-as em novos repertórios.
Nenhum dos três designers esconde a origem de seus objetos, mas tampouco a expõe de forma explícita. Seus objetos não pretendem ser manifestos ou declarações: não são estridentes. Todos demonstram grande habilidade para transformar o ambiente por meio de métodos e recursos econômicos. Mais do que isso, revelam inventividade e capacidade de oferecer soluções, mesmo longe de condições ideais e da sofisticação tecnológica. A forma transcende a função, incorporando diferentes funcionalidades. Jahara e Ático de Diseño manejam com maestria recursos como o humor e a ironia, enquanto Tótora opta por uma poesia silenciosa e clara.
Todos esses objetos nos convidam, enquanto consumidores, a conciliar consumo e vida em comunidade com o prazer estético e o desejo de um mundo melhor.
Adélia Borges
Curadora | Região Latino-Americana | São Paulo, Brasil.
1 Conscious, Simple – Consciously Simple. The Emergence of an Alternative Product Culture, Institut für Auslandsbeziehungen (ifa), Stuttgart 1998.
2 “Novos alquimistas,” in Consumo Cotidiano/Arte, São Paulo, Itaú Cultural, 1999.
O Goethe-Institut é o instituto cultural de âmbito internacional da República Federal da Alemanha. Desde sua fundação na Alemanha, em 1951, sua missão é fomentar o intercâmbio cultural, a formação e os discursos da sociedade no contexto internacional, além de apoiar o ensino e a aprendizagem da língua alemã em diálogo com o mundo, em prol da diversidade, do entendimento e da confiança, incentivando o acesso à língua alemã e apoiando o desdobramento livre da cultura e da ciência. A instituição confia no potencial do intercâmbio cultural internacional, nutrido e fortalecido pelas conexões entre artistas, ativistas, pensadores acadêmicos, pesquisadores, mentes criativas e parcerias institucionais. Nesse contexto, o Goethe-Institut reafirma seu compromisso com os planos de ação da Agenda 2030 da ONU, promovendo os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável por meio de iniciativas culturais, educacionais e ambientais que incentivam a equidade, a diversidade e a sustentabilidade global.
Em torno de 20 mil eventos culturais acontecem mundialmente a cada ano em cooperação com parceiras e parceiros. Com programas de residência, cooperações e coproduções, o instituto fomenta a criação de redes globais entre profissionais da cultura.
Hoje, o Goethe-Institut São Paulo desenvolve e apoia um espectro amplo de eventos culturais, difundindo e atualizando localmente temas presentes no cenário contemporâneo alemão, além de mapear os assuntos mais prementes no Brasil por meio de seus projetos.
“PURE GOLD – UPCYCLED! UPGRADED!” é uma exposição do Institut für Auslandsbeziehungen e.V. (ifa) em cooperação com o Museu Oscar Niemeyer e o Goethe-Institut São Paulo.
O upcycling é a prática que melhor representa a aliança do design contemporâneo com uma crescente consciência ecológica. Diferente da reciclagem tradicional, o upcycling transforma materiais descartados ou sem uso em produtos de maior valor, tanto funcional quanto estético. É uma forma criativa de dar uma nova vida a objetos que seriam considerados lixo, promovendo consumo consciente, originalidade e responsabilidade ambiental. No universo do design, o upcycling não só reduz o impacto ambiental, como também inspira soluções únicas, com histórias e identidade própria. Materiais antes rejeitados ganham novas formas, carregando marcas do tempo e uma narrativa própria. Essa prática permite que o designer-criador explore contrastes, texturas e simbologias únicas, transformando o ordinário em extraordinário. O resultado são peças autorais, cheias de personalidade, que rompem com padrões estéticos convencionais e provocam reflexão sobre consumo, descarte, memória e significado.
Esperamos que a exposição seja inspiração para novas formas do fazer aliadas à preocupação do impacto ambiental.
Os itens selecionados da coleção do Museu Oscar Niemeyer têm raízes em uma filosofia de design mais ou menos tradicional.
É justamente por isso que foram colocados em diálogo com a coleção de móveis upcycled.
Ao apresentar as duas abordagens de design lado a lado, os visitantes podem perceber que não há uma diferença formal ou estilística significativa entre o uso de materiais convencionais – como madeira, plástico ou couro – e o trabalho com materiais “usados” ou reciclados.
Essa justaposição deliberada tem como objetivo incentivar uma compreensão e uma apreciação mais profundas da estética por trás dos itens ‘PURE GOLD’”.“
Volker Albus
Curador
Exposição virtual
O MON está ao lado de grandes museus do Brasil e do mundo na plataforma Google Arts & Culture. Visite nossas exposições em formato virtual.
Conheça mais sobre esta exposição na plataforma Google Arts & Culture.
Acessar exposição virtual
Características da exposição
Estímulo físico
Restrição de movimento
Estímulo Sonoro
Local com ruído
Estímulo Sonoro
Som inesperado
Estímulo Sonoro
Local silencioso
Estímulo Visual
Luz oscilante
Estímulo Visual
Luz natural
Estímulo Visual
Luz reduzida