Jean-Michel Othoniel
O Olho da Noite
“O Olho da noite”, do artista francês Jean-Michel Othoniel, é uma realização do Museu Oscar Niemeyer. A mostra conta com obras no Olho, nos Espaços Araucária 1 e 2 e na área externa (espelho d'água). A curadoria é de Marc Pottier.
A genialidade de Othoniel supera qualquer expectativa ao transformar a sala expositiva do Olho numa espécie de grande planetário, com os signos do zodíaco flutuando em forma de 12 esculturas em vidro soprado.
No total, a mostra apresenta 25 obras em grandes dimensões. As esculturas são materiais diversos, como: vidro espelhado e aço inoxidável, vidro espelhado e madeira, e aço e folhas douradas.
Artista
Jean-Michel Othoniel
Curadoria
Marc Pottier
Período em cartaz
De 22 de novembro de 2024
Até 23 de maio de 2025
Local
Olho, Espaços Araucária e Espelho D'água
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SAIBA MAIS SOBRE A EXPOSIÇÃO
O Olho da Noite: um “planetário” de Jean-Michel Othoniel especialmente projetado para o MON em homenagem a Oscar Niemeyer
“O Olho da Noite”, do artista francês Jean-Michel Othoniel, é a próxima grande exposição internacional do Museu Oscar Niemeyer (MON). A mostra será inaugurada no dia 22 de novembro, dia do aniversário do MON, e contará com obras no Olho, nos Espaços Araucária 1 e 2 e na área externa (espelho d’água). A curadoria é de Marc Pottier.
“É uma alegria imensa recebermos no MON uma mostra exclusiva e de tamanha magnitude de Jean-Michel Othoniel, celebrando o aniversário do Museu e fortalecendo o grande diálogo cultural entre o Paraná e a França”, afirma a secretária de estado da Cultura, Luciana Casagrande Pereira.
“Cada mostra realizada pelo MON em seu icônico Olho é singular. O que o público vê é sempre a soma do talento de um grande artista, neste caso, o contemporâneo francês Jean-Michel Othoniel, com um espaço expositivo único e deslumbrante, considerado por si só uma obra de arte, projetada pelo mestre Oscar Niemeyer”, explica a diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika.
“A genialidade de Othoniel supera qualquer expectativa ao transformar a sala expositiva numa espécie de grande planetário, com os signos do zodíaco flutuando em forma de 12 esculturas em vidro soprado”, comenta.
No chão, o público verá um mar de tijolos de vidros azuis que refletem, ao mesmo tempo, a constelação e o arco imaginado pelo arquiteto, numa combinação surpreendente.
“Como se não coubesse apenas dentro do espaço expositivo do Museu, a obra de Othoniel extravasa. Aos pés do prédio do Olho, o público verá grandes esculturas abstratas, inspiradas em flores, que flutuam no espelho d’água, causando um efeito surreal”, diz Juliana. Ela explica que essa vem sendo uma premissa do Museu: romper limites físicos e extrapolar os locais originalmente destinados às exposições, invadindo outros espaços.
No total, a mostra apresenta 25 obras em grandes dimensões. As esculturas são compostas por materiais diversos, como: vidro espelhado e aço inoxidável, vidro espelhado e madeira, e aço e folhas douradas.
O Olho da Noite
O curador explica que o título da exposição evoca o formato do prédio onde está a sala expositiva. “O edifício excepcional e este ‘olho’ elevado, construído por Niemeyer, é um lugar muito mais complexo do que parece, apesar da simplicidade do seu design”, comenta Pottier. “O teto é curvo e as paredes de ambos os lados são de vidro, como se estivessem suspensas acima do solo”.
Pottier explica a opção de instalar grandes esculturas abstratas, inspiradas em flores, no espelho d’água externo. “Assim como a construção de Niemeyer, que seria inspirada na Araucária, árvore simbólica da região paranaense, ele fez questão de que seus lótus subissem acima da água exibindo seus reflexos”, diz. Essas esculturas, que são monumentais, parecem relativamente pequenas em comparação com o gigantismo do edifício e são uma homenagem à paixão de Niemeyer pela botânica”.
Jean-Michel Othoniel conta que, quando era um jovem artista, teve a oportunidade de conhecer pessoalmente Oscar Niemeyer, na casa do arquiteto, no Rio de Janeiro. “A lembrança de contemplar as estrelas com ele através de uma grande janela, como se estivesse de frente para o universo curvo de Brasília, deixou uma profunda impressão em mim”, diz. “Foi nessa memória poética que minha primeira grande exposição individual no Brasil foi construída”, afirma o artista.
O artista
Jean-Michel Othoniel (França, 1964) é um artista contemporâneo que vive e trabalha em Paris. Multidisciplinar, desde o final da década de 1980, Othoniel trabalhou em diversas áreas: do desenho à escultura, da instalação à fotografia e da escrita à performance. Em 1993, começou a usar vidro, que se tornou sua marca registrada.
Desde a primeira encomenda pública em Paris, em 2000, “Le Kiosque des Noctambules”, o seu trabalho tem sido exibido tanto em museus como em espaços públicos. Entre eles, o projeto de esculturas de fontes em vidro dourado nos jardins do Château de Versailles, “Les Belles Danses”, e “Alfa”, uma instalação para o novo Museu Nacional do Qatar, com 114 esculturas de fontes. Em 2019, uma nova série de pinturas entrou na coleção permanente do Museu do Louvre.
Jean-Michel Othoniel realizou grandes exposições em todo o mundo desde a sua participação na Documenta de Kassel em 1992. Teve uma importante retrospectiva no Centre Georges Pompidou, em Paris: “My Way”. Esta foi exposta no Leeum Samsung Museum of Art/Plateau, em Seul; no Museu Hara de Arte Contemporânea, em Tóquio; no Museu de Arte de Macau, e no Museu do Brooklyn, em Nova Iorque.
Nos últimos anos, Othoniel expôs em museus e jardins no Petit Palais, em Paris; no Museu de Arte de Seul e no Jardim Botânico do Brooklyn. Atualmente, suas obras estão em alguns dos mais renomados museus de arte contemporânea, fundações e coleções particulares do mundo.
Imagens
Foto: Claire Dorn Perrotin
Foto: Claire Dorn Perrotin
Foto: Claire Dorn Perrotin
Foto: Claire Dorn Perrotin
Foto: Claire Dorn Perrotin
Foto: Claire Dorn Perrotin
Foto: Claire Dorn Perrotin
Foto: Claire Dorn Perrotin
Foto: Claire Dorn Perrotin
Foto: Claire Dorn Perrotin
Foto: Claire Dorn Perrotin
Materiais da Exposição
Versão em áudio - Institucional
Versão em áudio - Curatorial
Versão em áudio - O Olho da Noite
Para o Jean-Michel Othoniel, o maravilhoso é o desafio deste século. « O Olho da Noite”, no emblemático “olho” do Museu, seus doze móbiles cósmicos, representam os signos do zodíaco. Eles lembram o movimento das estrelas ao se refletir nas paredes de vidro do museu e também em um mar, formado por seis mil tijolos de vidro cor água-marinha, colocados no chão. Mas antes, o visitante já poderá ter descoberto nos epelhos de agua externas, quatro grandes esculturas inspiradas na natureza. São flores gigantescas cobertas de folhas de ouro, que como astrolábios misturam seus reflexos, cúmplices, com o olhar do grande arquiteto brasileiro. O artista transforma o MON num enorme planetário com a sua matemática celestial que se refere ao universo e ao infinito.
O título da exposição evoca um universo impregnado de surrealismo e literatura. “Tenho a sensação de que o Brasil é um país de histórias, de encontros, onde o maravilhoso convive com a realidade, onde a cor convive com o preto. E nesta exposição gostaria de evocar todos estes sentimentos antagônicos, todas estas emoções que são tão ricas, prontas para serem exploradas nesta cultura que estou descobrindo”, confidencia o artista.
Ele pensou nesta instalação de móbiles como uma dança nos céus, que nos obrigaria a levantar os olhos, a olhar para o ar, a levantar a cabeça, e assim ter uma sensação de elevação. Jean-Michel sempre defendeu esta noção de encantamento, do maravilhoso, de infinito, do cosmos, que são algumas das chaves para nos distanciarmos um pouco da realidade, guardando, porém, consciência da nossa fragilidade no universo.
Othoniel também quis colocar esculturas, inspiradas em flores, nos espelhos de agua externas aos. Assim como a construção de Niemeyer, que seria inspirada na araucária, árvore simbólica da região paranaense, ele fez questão de que seus lótus subissem acima da água exibindo seus reflexos através das folhas de ouro e dos espelhos. Estas esculturas são uma homenagem à paixão de Niemeyer pela botânica.
Marc Pottier
Curador
Cada mostra realizada pelo MON em seu icônico Olho é singular. O que o público vê é sempre a soma do talento de um grande artista – neste caso, o contemporâneo francês Jean-Michel Othoniel – com um espaço expositivo único e deslumbrante, considerado por si só uma obra de arte, projetado pelo mestre Oscar Niemeyer.
Ao longo de mais de duas décadas, várias importantes mostras foram ambientadas no local. Entretanto, cada uma delas ganha um caráter único, com muita dramaticidade e força, atraindo sempre milhares de visitantes.
Desta vez, a genialidade de Othoniel supera qualquer expectativa ao transformar a sala expositiva numa espécie de grande planetário, com os signos do zodíaco flutuando em forma de 12 esculturas em vidro soprado. No chão, o artista instalou um mar de tijolos de vidros azuis que refletem, ao mesmo tempo, a constelação e o arco imaginado pelo arquiteto. Uma combinação surpreendente.
A primeira grande exposição individual de Othoniel no Brasil foi construída em meio a essa memória poética e de encantamento que evoca a nossa origem e essência. Ao nos conectarmos com o céu e as estrelas, refletimos.
Como se não coubesse apenas dentro do espaço expositivo do Museu, a obra de Othoniel extravasa. Aos pés do prédio do Olho, o público verá grandes esculturas abstratas, inspiradas em flores, que flutuam no espelho d´água, causando um efeito surreal.
Uma das premissas do Museu é proporcionar experiências inspiradoras e transformadoras, estabelecendo diálogos entre público e arte.
Juliana Vellozo Almeida Vosnika
Diretora-presidente do Museu Oscar Niemeyer
O olho da noite é azul, e suas constelações têm as cores do arco-íris. Com esta exposição, o Olho, a maior sala expositiva do Museu Oscar Niemeyer, torna-se um planetário onde minhas esculturas de vidro suspensas evocam os signos do zodíaco. O espaço é mergulhado na escuridão, e minhas obras em espelho e vidro colorido refletem a arquitetura delirante de Oscar Niemeyer. A sala é um imenso olho de vidro, concreto e aço, pendurado como um ninho de águia 20 metros acima do solo, sobre um espelho d’água, e é o último museu projetado por esse grande gênio da arquitetura brasileira para a capital do Paraná. Adoro arquitetura psicodélica, e essa exposição é um desafio à loucura, aos sonhos e às estrelas.
Para o Olho, projetei 12 móbiles cósmicos suspensos, construídos como contas de vidro entrelaçadas. Eles lembram o movimento das estrelas em Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes. Essas 12 esculturas de constelações são refletidas nas paredes de vidro do museu e em um mar de 6.000 tijolos de vidro azul água-marinha no chão.
Abaixo dessa massa de água imaginária, um espelho d’água real abriga cinco grandes esculturas inspiradas no mundo natural tão presente no Paraná. Flores gigantescas cobertas de folhas de ouro, como astrolábios, misturam seus reflexos com os do Olho do arquiteto.
Esses reflexos em um Olho dourado seguem as linhas de energia criadas por Niemeyer. Quando eu era um jovem artista, tive a sorte de conhecer Oscar em uma noite, em sua casa no Rio, com vista para a praia e para o céu noturno. A lembrança de contemplar as estrelas com ele por meio de uma grande janela, como se estivesse de frente para o universo curvo de Brasília, deixou uma profunda impressão em mim. Foi sobre essa memória poética que minha primeira grande exposição individual no Brasil foi construída.
Brasil, Curitiba, Museu Oscar Niemeyer
Jean-Michel Othoniel
Exposição virtual
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Características da exposição
Estímulo Físico
Restrição de movimento
Estímulo Sonoro
Local com ruído
Estímulo Visual
Luz intensa
Estímulo Visual
Luz oscilante