
Re-selvagem
Eva Jospin
A exposição “Re-Selvagem”, da artista francesa Eva Jospin, apresenta uma espécie de selva reinventada, no Olho e Espaço Araucária do Museu Oscar Niemeyer (MON). Com curadoria de Marcello Dantas, a nova mostra internacional reúne nove obras de grandes dimensões, entre elas instalações e desenhos, além de dois vídeos. A matéria-prima das instalações são o bordado de seda, papelão, madeira, bronze, tecido e outros materiais, a artista transforma essas matérias primas cotidianas e cria uma paisagem viva.
Artista
Eva Jospin
Curadoria
Marcello Dantas
Período em cartaz
De 5 de junho de 2025
Até 3 de agosto de 2025
Local
Olho e Espaço Araucária
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SAIBA MAIS SOBRE A EXPOSIÇÃO
MON realiza nova exposição internacional no Olho
“Re-Selvagem”, da artista francesa Eva Jospin, é a próxima exposição internacional do Museu Oscar Niemeyer (MON). A mostra será inaugurada no dia XXXX, no Olho e Espaço Araucária. A curadoria é de Marcello Dantas.
A exposição reunirá nove obras de grandes dimensões, entre elas instalações e desenhos, além de dois vídeos. A matéria-prima das instalações é o bordado de seda e o papelão, mas a artista também usa madeira, bronze, tecido e outros materiais.
“A chegada de Eva Jospin ao Museu Oscar Niemeyer reforça nossa missão de conectar o público paranaense com o que há de mais relevante na arte contemporânea mundial”, afirma a secretária de Estado da Cultura, Luciana Casagrande Pereira. “Esta exposição ainda reafirma a diretriz de diplomacia cultural que o Paraná estabelece com a França, em um ano especialmente significativo, marcado pelas celebrações do Ano do Brasil na França e da França no Brasil”.
A diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika, afirma que a sensibilidade da artista francesa Eva Jospin fica evidente nesta exposição. “Ao abordar a natureza e o tempo em poéticas obras de arte, ela evoca nossa memória afetiva”, diz.
Juliana comenta que o encontro físico com a arte faz a pessoa se reconhecer e reconhecer sua história por meio das obras. “Num mundo acelerado, o espaço presencial dos museus se apresenta como equilíbrio perfeito para nossa saturação digital”, destaca. “Este é e deve ser sempre um dos papéis do museu: despertar sentimentos profundos de nosso inconsciente”.
O curador Marcello Dantas conta que Eva Jospin é conhecida por seu meticuloso trabalho de criar, com as próprias mãos, ilusões de um mundo imaginário — arquiteturas silenciosas e espaços naturais abundantes, que nascem do gesto paciente e obsessivo de devolver à matéria um sentido de origem.
“A floresta, para Jospin, é mais que uma representação da natureza. É um lugar simbólico, onde o mistério, o inesperado e a transformação acontecem”, diz Dantas. “Como nos contos antigos, suas florestas são territórios onde nos perdemos para nos reencontrar”. Em “Re-Selvagem”, o visitante atravessa trilhas de papel e sombra, entra em universos de folhagens esculpidas, experimentando uma espécie de rito íntimo. As formas evocam memórias esquecidas, despertam imagens do inconsciente coletivo e provocam silêncio.
A artista
Eva Jospin nasceu em Paris (1975), onde formou-se na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts. Nos últimos 15 anos, vem criando florestas meticulosas e paisagens arquitetônicas, que explora por meio de diversas mídias. Desenhadas a tinta ou bordadas, esculpidas em papelão ou em bronze, suas obras evocam jardins barrocos italianos, decorações rocaille do século XVIII e grutas artificiais. Foi residente na Villa Medici, em Roma, em 2017, e eleita para a seção de Escultura da Academia de Belas Artes em 2024.
Entre suas exposições internacionais, destacam-se: “Inside”, no Palais de Tokyo, em Paris (2014); “Sous-Bois”, no Palazzo deiDiamanti, em Ferrara (2018); “Eva Jospin - Wald(t)räume”, no MuseumPfalzgalerie, em Kaiserslautern (2019); “Among the Trees”, na Hayward Gallery, em Londres (2020); “Paper Tales”, no Het Noordbrabants Museum, em Den Bosch (2021); “Galleria”, no Musée de la Chasse and Nature, em Paris (2021); “Panorama”, na Fondation Thalie, em Bruxelas (2023); e “Palazzo”, no Palais des Papes, em Avignon (2023).
Em 2024, apresentou duas novas exposições individuais: “Selva”, no Museo Fortuny, em Veneza, durante a 60ª Bienal de Veneza, e “Eva Jospin - Versailles” na Orangerie do Castelo de Versalhes. Também desenvolveu diversas instalações de grande porte como parte de encomendas especiais, incluindo “Panorama” (2016), no centro do Cour Carrée do Louvre, e “Cénotaphe” (2020), na Abadia de Montmajour. Além disso, criou uma série de painéis bordados para o desfile Dior Haute Couture 2021-2022 (Chambre de Soie, 2021).
O curador
Marcello Dantas é um renomado curador, diretor artístico e produtor brasileiro, reconhecido por sua abordagem interdisciplinar que integra arte, tecnologia e experiências sensoriais imersivas. Nascido no Rio de Janeiro em 1968, Dantas possui uma formação acadêmica diversificada: estudou Relações Internacionais e Diplomacia em Brasília, História da Arte e Teoria do Cinema em Florença, e graduou-se em Cinema e Televisão pela New York University, onde também realizou pós-graduação em Telecomunicações Interativas.
Ao longo de sua carreira, Marcello Dantas foi responsável pela concepção e direção artística de diversos museus e pavilhões, tanto no Brasil quanto no exterior. Também é conhecido por curar exposições de grande impacto, que atraem vasto público e crítica especializada. Entre elas “Ai Weiwei: Raiz”, do artista chinês Ai WeiWei, e “Invisível e Indizível”, do artista espanhol Jaume Plensa, ambas no Museu Oscar Niemeyer.
SOBRE O MON
O Museu Oscar Niemeyer (MON) é patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Cultura. A instituição abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além de grandiosas coleções asiática e africana. No total, o acervo conta com aproximadamente 14 mil obras de arte, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina.
Serviço
Exposição “Re-Selvagem” – Eva Jospin
Espaços: Olho e Araucária
www.museuoscarniemeyer.org.br
Imagens
Foto: Benoît Fougeirol
Foto: Benoît Fougeirol
Foto: Benoît Fougeirol
Foto: Benoît Fougeirol
Foto: Benoît Fougeirol
Foto: Benoît Fougeirol
Foto: Benoît Fougeirol
Foto: Benoît Fougeirol
Foto: Benoît Fougeirol
Materiais da Exposição
Eva Jospin é conhecida por seu meticuloso trabalho de criar, com as próprias mãos, ilusões de um mundo imaginário — arquiteturas silenciosas e espaços naturais abundantes, que nascem do gesto paciente e obsessivo de devolver à matéria um sentido de origem.
A partir do papelão corrugado — um material comum, industrializado, feito da celulose da floresta —, Jospin inventa selvas. Em “Re-Selvagem”, essa alquimia se intensifica: camadas de papelão são cortadas e sobrepostas, formando troncos, raízes e galhos de uma floresta densa e labiríntica. Cada escultura é como uma escavação na memória da matéria — o banal se transmuta em sublime, e o que era resíduo cotidiano se transforma em paisagem viva.
A floresta, para Jospin, é mais que uma representação da natureza. É um lugar simbólico, onde o mistério, o inesperado e a transformação acontecem. Como nos contos antigos, suas florestas são territórios onde nos perdemos para nos reencontrar. Em “Re-Selvagem”, o visitante atravessa trilhas de papel e sombra, entra em universos de folhagens esculpidas, experimentando uma espécie de rito íntimo. As formas evocam memórias esquecidas, despertam imagens do inconsciente coletivo, provocam silêncio.
Essa dimensão contemplativa se expande em outra obra central da artista: “Chambre de Soie” (Quarto de Seda), uma peça bordada com mais de 400 tons de fios de seda, algodão e juta, produzida em colaboração com as artesãs do ateliê Chanakya e da Chanakya School of Craft, em Mumbai, na Índia. Inspirada no salão de tapeçarias do Palazzo Colonna, em Roma, e no ensaio “Um Teto Todo Seu”, de Virginia Woolf, a instalação cobre mais de 350 metros quadrados de paisagens bordadas a partir dos desenhos de Jospin. Apresentada pela primeira vez no desfile de alta-costura da Dior, “Chambre de Soie” reinventa a tradição dos panoramas do século XIX e propõe uma imersão silenciosa no tempo do gesto artesanal. Os fios e as figuras compõem um outro jardim, quase tão detalhado quanto as próprias paisagens domesticadas de Versalhes, porém, feito de tempo e memória.
Essa experiência, entre floresta e bordado, o artificial e o natural, a matéria e símbolo, é resultado de uma linguagem que Eva Jospin desenvolveu ao longo de anos e que vem apresentando em instituições de destaque: do Palais de Tokyo ao Louvre, da Villa Medici à Bienal de Veneza, da Dior à Orangerie de Versalhes. Sua obra não se impõe pelo tamanho, mas pela densidade com que resgata o silêncio da contemplação.
“Re-Selvagem” é um chamado ao retorno da matéria à floresta, da técnica à mão, do olhar à imaginação. Jospin nos lembra que, mesmo aquilo que foi domesticado, cortado e transformado pode, pela arte, reencontrar sua força e vitalidade selvagem — e nos conduzir de volta à imensidão misteriosa que carregamos por dentro.
Nota:
“Re-Selvagem”, que ocupará o Olho do Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, e o segundo andar da Casa Bradesco, na Cidade Matarazzo, em São Paulo, chega ao Brasil como parte do Ano da França e antecipa sua monumental intervenção no Grand Palais, em Paris, no final de 2025.
Marcello Dantas
Curador
A sensibilidade da artista francesa Eva Jospin fica evidente na nova realização do Museu Oscar Niemeyer: a exposição “Re-Selvagem”. Ao abordar a natureza e o tempo em poéticas obras de arte, evoca nossa memória afetiva.
Num mundo acelerado, o espaço presencial dos museus se apresenta como equilíbrio perfeito para nossa saturação digital. O encontro físico com a arte faz a pessoa se reconhecer e reconhecer sua história por meio das obras. Este é e deve ser sempre um dos papéis do museu: despertar sentimentos profundos de nosso inconsciente.
No caso do privilegiado espaço expositivo do Olho, tal encontro é potencializado. Muito além de uma convencional sala expositiva branca, com quatro paredes, este é um local único.
Assim como as pessoas têm poder de adaptação, o Olho se transforma, de maneira criativa e inusitada, a cada nova exposição. E provavelmente esta, assinada por Eva Jospin, é uma das mais surpreendentes que já passou por aqui.
Sua obra coloca o espectador dentro dela, ressignifica e desperta a curiosidade. Num contraste instigante e inteligente, fala da impermanência da matéria e da permanência da arte. Ao criar instalações gigantes a partir de matérias-primas aparentemente frágeis, como a seda e o papelão, a artista nos faz refletir.
O que parece descartável se transforma em obra de arte duradoura.
Desta maneira, Eva Jospin aborda nossa relação com a natureza e, consequentemente, com nossa essência. O olhar do visitante será desafiado o tempo todo a perceber algo mais. E, certamente, perceberá.
Juliana Vellozo Almeida Vosnika
Diretora-presidente do Museu Oscar Niemeyer
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Características da exposição
Estímulo físico
Restrição de movimento
Estímulo Sonoro
Local com ruído
Estímulo Sonoro
Som inesperado
Estímulo Sonoro
Local silencioso
Estímulo Visual
Luz oscilante
Estímulo Visual
Luz natural
Estímulo Visual
Luz reduzida