Através da tela do seu celular você pode ter acesso a um conteúdo educativo sobre obras especialmente selecionadas nas exposições de acervo do MON. O “Acesse para Perceber” é um dispositivo de mediação em arte dirigido para o público espontâneo (visitantes sem agendamento). Os conteúdos disponíveis na plataforma contemplam obras das diferentes coleções de artes visuais, arquitetura e design, em cartaz no MON. Algumas dessas obras possuem também a versão do conteúdo em audiodescrição para pessoas cegas e com baixa-visão. O material é disponibilizado por meio de códigos QR que dão acesso aos textos e aos arquivos em áudio.

Sobre o programa

 Para conhecer, aponte a câmera do seu celular nos QR Codes presentes nas obras selecionadas e exposições de acervo.

Acesse para Perceber

O projeto Acesse para Perceber é um dispositivo de mediação em arte dirigido para o público espontâneo (visitantes sem agendamento). Os conteúdos ofertados pelo projeto contemplam uma seleção de obras das diferentes coleções de artes visuais, arquitetura e design, cinco dessas obras possuem também a versão do conteúdo em audiodescrição para pessoas cegas e com baixa-visão. O material é disponibilizado por meio de códigos QR que dão acesso às fichas e aos arquivos em áudio. A proposta baseia-se na formação para a autonomia e para a emancipação do sujeito na exploração do espaço expositivo e na sua relação com a arte. O projeto desperta também o interesse junto a outros perfis de visitantes espontâneos do museu, como o público adolescente e jovem, já habituado à customização de serviços e à procura de informações complementares para aqueles assuntos que despertam o suas curiosidades.

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Observe atentamente este cesto. Perceba os outros objetos parecidos com este nesta vitrine. Eles são utilizados no Japão para arranjos Ikebana (arte milenar de montar arranjos com flores). Observe as linhas e texturas dessas peças. Preste atenção nas alças e no material com que foram feitos; são todos iguais?

Estes cestos estão associados à ideia de que a natureza cria formas próprias de serem apreciadas esteticamente. Esse entendimento está ligado ao conceito wabi sabi, que valoriza a beleza na imperfeição, no natural e no assimétrico, concepções bem diferentes das que geralmente buscamos aqui no Ocidente.

Quais gestos você imagina que o artista fez para construir estes cestos? 

Você acredita que este cesto possa ser reproduzido de forma idêntica?

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Acesse para perceber

Japão, séc. XIX – XX

Cesto para Arranjo de Ikebana

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Esta veste é uma roupa de casamento masculina da comunidade turcomana. Os turcomanos são um povo turco encontrado principalmente nos estados centro-asiáticos do Turcomenistão e Afeganistão e também no nordeste do Irã. 

Você consegue imaginar como pode ser a roupa de uma noiva na comunidade turcomana?

Identifique os materiais que são usados na confecção desta roupa. Ela é feita em lã, algodão, prata e incrustações de joias. Ao vestir uma roupa assim, sua postura ficaria diferente? Sua forma de caminhar mudaria?

Veste cerimonial masculina de casamento 

Ásia Central ou Afeganistão, comunidade turcomana, século XIX – XX

Veste cerimonial masculina de casamento

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O processo de fabricação da cerâmica tem suas raízes no momento em que nossos antepassados passaram a manipular o barro e enrijecê-lo com o fogo. A produção desse ornamento atravessa toda a história da humanidade e é possível encontrar esses artefatos em diversos sítios arqueológicos ao redor do planeta.

Essas peças são cerâmicas milenares da civilização do Vale do Rio Indo (ou Indus), que floresceu entre 3300 e 1900 a.C. – região do atual Paquistão. Calcula-se que esses objetos tenham pelo menos 4 mil anos.

Agora olhe com atenção para os desenhos que estão nessas peças: as linhas que as contornam e os detalhes em cada desenho. Perceba como são feitos os traços e o ritmo que as linhas provocam em cada peça. Traços finos e grossos. Linhas retas e curvas. Esses padrões geométricos te lembram alguma outra civilização e/ou cultura?

Vale do Indo, Período Harapeano (V – II milênio a.C.).

Recipiente

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No Budismo cada posição de mão (mudra) pode representar uma mensagem e/ou busca por um determinado estado de consciência a partir da meditação. 

Nesta escultura, Buda está sentado com as pernas cruzadas, a mão direita tocando o chão e a esquerda no colo com a palma para cima. Essa postura se chama Bhumisparsha Mudra e significa “mudra da iluminação” em sânscrito. É o momento em que Sidarta Gautama, ao tocar a terra, a tem como testemunha de sua iluminação. Esse é o momento em que se torna Buda. Você já viu representações semelhantes a essa?

Buda está sentado em cima de uma flor de lótus. Seu significado espiritual é muito importante dentro de religiões como o budismo e o hinduísmo, por ser uma flor que tem suas raízes firmadas em águas turvas e lodosas.

As flores são símbolos presentes em diversas culturas. Você se lembra de flores em outras obras nesta exposição? Elas carregam o mesmo significado?

Dinastia Ming (1368-1644), Sino-tibetano

Buda na Postura Bhumisparsha Mudra

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“Na Ásia, o móvel é testemunha da longa história do continente [...].”

(Fausto Godoy, doador do acervo que compõe a exposição)

Estas peças são cadeiras de aparato, ou seja, ficavam na parte nobre das casas chinesas. Elas não eram utilizadas todos os dias, apenas em festividades ou recepção de visitas importantes. Isso explica o porquê de estarem tão bem preservadas, mesmo sendo tão antigas (dinastia Ming, 1368-1644). Você já viu uma cadeira em formato hexagonal como estas? Como o seu corpo ficaria ao sentar-se nela?

Você notou o entalhe no encosto da cadeira? Esse formato é um ruyi, símbolo de poder na cultura chinesa. A peça, que é praticamente despida de outros detalhes e adornos, tem nossa atenção para o material com que foi produzida: a beleza natural da madeira. Pensando nisso, observe as linhas próprias da madeira que existem na peça. Você já havia notado como a natureza também produz desenhos? Percebeu como eles fazem parte da composição visual das peças?

Dinastia Ming (1368-1644), China

Cadeira Hexagonal

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No budismo, Bodhisattvas são seres iluminados que, motivados pela compaixão, adiaram sua própria salvação para ajudar todos os seres.

Os princípios do budismo baseiam-se nos ensinamentos de Siddhārtha Gautama, conhecido como Buda, que significa “Desperto” ou “Iluminado”. O que você conhece sobre o budismo? 

Agora preste atenção nos detalhes desta escultura. Observe a mão direita levantada com a palma voltada para fora. Este é um gesto de tranquilidade. Olhe para as joias, as vestes e os demais pormenores desta figura. O que mais você identificou? 

Olhe também com atenção para os detalhes que estão aos pés da escultura. Perceba as pequenas colunas, que lembram colunas greco-romanas. As esculturas da região de Gandhara (hoje parte do Paquistão) incorporam elementos estilísticos da Grécia e Roma antigas. Você também pode ver a influência ocidental na vestimenta, que se assemelha a uma toga, e nas sandálias.

Paquistão (antiga região de Gandhara), século II - III d.C.

Bodhisattva Maitreya

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Ganesha é uma das divindades mais populares do hinduísmo. Filho de Shiva (divindade que representa a destruição/transformação) e Parvati (deusa-mãe, encarnação total do universo), é considerado removedor de obstáculos e mestre do intelecto e da sabedoria. Esta escultura foi produzida em gesso para o Ganesha Chaturthi, um festival que acontece anualmente em Mumbai, na Índia.

Os detalhes espalhados por toda a peça chamam a nossa atenção e nos convidam a olhar mais de perto: perceba a posição das suas pernas e mãos, suas joias, o modo como sua roupa está representada, a cabeça de elefante e o rato mais abaixo, aos seus pés. Nesta obra nada é representado por acaso, todos esses elementos têm significados e/ou histórias. Você consegue imaginar quais são?

Mumbai, Índia - séc. XXI

Ganesha

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Em Myanmar, recipientes de laca são usados para carregar alimentos de oferenda em monastérios budistas. Quais alimentos você imagina que sejam incluídos nesses recipientes cerimoniais?

Perceba a diversidade de formatos dos recipientes: alguns possuem tampa escalonada, lembrando uma estrutura de pagode (templo e monumento budista), e outros possuem formato de animal, como uma coruja. A maioria deles possui uma característica em comum: o uso do ouro em alguns detalhes. Myanmar é conhecida como “A Terra Dourada” justamente pelo douramento de diversos elementos da vida cotidiana: recipientes, esculturas e até templos e pagodes inteiros.

Já a laca, usada na produção desses itens, é produto da resina de uma árvore birmanesa. A base dos recipientes é feita com fibras de bambu e só então é coberta com camadas de laca. Esse processo pode levar meses para ser finalizado, dependendo da complexidade de desenhos e da quantidade de cores. Você imagina qual é a importância das formas e das cores na função desses recipientes?

Myanmar, séc. XX

Recipiente cerimonial (hsun-ok)

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A imagem que você observa é uma gravura Ukiyo-e, que significa “mundo flutuante”. Essas gravuras representam o cotidiano, as poesias e os prazeres passageiros. Feitas pelas mãos de ilustradores especialistas em xilogravura, as gravuras Ukiyo-e surgiram no Japão no período Edo (1603-1868). Se o artista fizesse um Ukiyo-e com base no cotidiano em que você vive, o que seria retratado?

Os Ukiyo-e são uma produção artística popular intensamente comercializada entre a população urbana japonesa. Sabendo que a xilogravura é feita com a madeira entalhada e entintada para ser impressa, como você imagina que a obra possa ter sido feita com tantas cores e tons?

Observe o texto em japonês no canto superior direito: eles podem ser muitas vezes uma legenda da imagem, uma descrição do que se passa ou uma poesia. O que você diria que ele está contando?

Utagawa Hiroshige II (Japão, 1829-1869) 1859, Japão

Vista de Enshu Akiba com Pipa Fukuroi

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Suzani é um tipo de bordado em têxtil típico da Ásia Central. Esta peça é um tapete usado pelos muçulmanos (praticantes do islamismo) em suas cinco orações diárias, chamadas de salats. Você já viu esse ritual de oração?

Os muçulmanos podem rezar em qualquer lugar, mas devem posicionar-se em direção a Meca, onde está localizado o templo islâmico mais importante: a Caaba. Perceba a parte pontiaguda que forma praticamente um arco no centro da peça. Essa parte, chamada de mihrab, indica a direção de Meca.

Observe os detalhes e as cores desta peça. Ela é feita de seda e algodão, possui bordados e seus contrastes de cor chamam a nossa atenção. Perceba os desenhos que nela foram feitos: consegue imaginar o motivo da escolha dessas representações?

Ásia

Cesto para Arranjo de Ikebana

Veste cerimonial masculina de casamento

Recipiente

Buda na Postura Bhumisparsha Mudra

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