
Perpetuo Movimiento
Norma Grinberg
En “Perpetuo Movimiento”, Norma Grinberg presenta su trabajo, investigaciones y experiencias en el campo del arte cerámico. El camino de la forma amorfa a la más sofisticada está orquestado por la razón y el alma. De esta manera, el barro es transformado por el trabajo manual, por las herramientas, por la química, por el fuego, subordinados a la sensibilidad del artista. Son objetos modulares, instalaciones bidimensionales y tridimensionales, que invitan al público a un diálogo permanente entre la imaginación, el sueño y la materialidad.
Artista
Norma Grinberg
Curaduría
Daisy Grisolia
Período de exhibición
De 5 de julho de 2023
Hasta 25 de fevereiro de 2024
Local
Sala 3
Livre
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SABER MÁS SOBRE LA EXPOSICIÓN
La exposición de la artista Norma Grinberg es el logro más reciente del MON
El Museo Oscar Niemeyer (MON) realiza la exposición “Perpetuo Movimiento”, de la artista Norma Grinberg. La inauguración será el 4 de julio, en la Sala 3. La curaduría es de Daisy Grisolia.
“Una trayectoria artística de décadas, que se fusiona con experiencias e inspiraciones recogidas en un movimiento continuo entre lugares y culturas, llega al público en esta exposición inédita realizada por el MON”, dice la directora-presidenta de la institución, Juliana Vosnika.
La exposición incluye paneles, esculturas, objetos e instalaciones, frutos de la creatividad e innovación del artista, reflejando en el espacio una trayectoria de experimentación e investigación estética. En total, la muestra reúne alrededor de 30 conjuntos de obras producidas a partir de sus vivencias y encantamientos alrededor del mundo.
Inspirada en corrientes minimalistas y constructivistas, marcadas por colores limitados, formas geométricas simples y comprensión universal, sus esculturas proponen un diálogo permanente con el visitante. Obras que ocupan el espacio tridimensional, con la ligereza y la soltura del vuelo de los pájaros, por ejemplo, envuelven fácilmente a quien las observa.
Reconocida y premiada en Brasil y en el exterior, Norma Grinberg mezcla en su repertorio diferentes materiales como Argamasa armada, hierro, aluminio, arena, madera y resinas, manteniendo la cerámica como protagonista.
“El MON, como elemento vivo y palpitante, tiene la misión de brindar experiencias transformadoras al exponer múltiples lenguajes artísticos. Al facilitar el acceso de sus visitantes a la gran obra de Norma Grinberg, cumple la importante función de dar a conocer el arte”, explica el director-presidente del Museo.
Luciana Casagrande Pereira Ferreira, secretaria de Estado de Cultura, dice que, como gran apreciadora de las artes visuales, está muy contenta de que el MON sea sede de una exposición con obras de Norma Grinberg.
“Ciertamente, esta exposición deleitará e impactará positivamente al espectador. Y como secretaria de Cultura, creo que una vez más la misión del MON, en exaltar los lenguajes del arte y el diseño, queda clara en esta iniciativa. La obra de Norma es una representación muy consistente de la escultura brasileña aquí y en el exterior”, dice la secretaria de Estado de Cultura.
Norma Grinberg es una de las mayores figuras nacionales de la escultura en cerámica. La artista cuenta con premios y menciones honoríficas y sus obras se encuentran en colecciones privadas y colecciones de museos nacionales e internacionales.
Según la curadora Daisy Grisolia , “cada exposición es un momento especial en la vida del artista en el que la obra autoral se presenta para dialogar con el público; tiempo para compartir preguntas, explorar los caminos que proponen y, mucho más que repartir certezas, dar cabida a las incertidumbres”.
“En el caso de la artista Norma Grinberg, se trata de un perpetuo movimiento, orquestado por la razón y el alma, en el que el barro es transformado por el trabajo manual, por las herramientas, por la química, por el fuego, subordinados a la sensibilidad del artista”, dice la curadora.
La propia artista define este proceso de la siguiente manera: “Desde aquella primera experiencia con la cerámica, sigo avanzando en mi trabajo de investigación, descubriendo, además de su potencial como material, sus aplicaciones y desarrollos significativos en el arte. Como artista, sé que los cimientos de una producción ' consistente', tanto en materia como en sentido y amplitud interpretativa, son la libertad y la conciencia de experimentación. Esto implica registros e intercambios de información entre quienes comparten un lenguaje (…), no puedo ni quiero eludir el rol lúdico y rico de investigadora del lenguaje artístico, recorriendo sus meandros”.
En la exposición “Perpetuo Movimiento”, el público tendrá la oportunidad de explorar y conocer este camino, que va desde la materia más cruda y primordial hasta los sueños más elevados.
Imágenes
Alexandre Mazzo
Alexandre Mazzo
Paula Morais
Paula Morais
Paula Morais
Alexandre Mazzo
Alexandre Mazzo
Paula Morais
Paula Morais
Alexandre Mazzo
Alexandre Mazzo
Paula Morais
Alexandre Mazzo
Alexandre Mazzo
Paula Morais
Paula Morais
Paula Morais
Alexandre Mazzo
Materiais da exposição
Uma trajetória artística de décadas, que se funde a experiências e inspirações coletadas num contínuo movimento entre localidades e culturas, chega ao público nesta inédita exposição realizada pelo Museu Oscar Niemeyer.
A artista Norma Grinberg convida o visitante a dialogar com sua permanente pesquisa, que propõe uma atualização de linguagem. Inspirada no Concretismo, na Bauhaus e no Minimalismo, sugere, com seu trabalho, a contemporaneidade de instalações e seus desdobramentos, como intervenções no espaço arquitetônico, por exemplo.
Inspirada nas correntes minimalista e construtivista, marcadas por cores limitadas, formas geométricas simples e compreensão universal, suas esculturas propõem a participação do espectador. Obras que ocupam o espaço tridimensional, com a leveza e a desenvoltura do voo dos pássaros, por exemplo, facilmente envolvem quem as observa.
Por mais especialista que seja nos processos técnicos, a artista visivelmente não se opõe ao inevitável acaso que surge nas criações. Ao transformar argila bruta em obras cerâmicas de arte, conta com a interação dos elementos terra, água, ar e fogo, o que, por si só, traz a força do imponderável.
Reconhecida e premiada no Brasil e no exterior, mistura em seu repertório materiais diversos como argamassa armada, ferro, alumínio, areia, madeira e resinas, mantendo a cerâmica como protagonista. Em comum, obras cheias de originalidade e contemporaneidade levam o público ao perpétuo movimento de indagação.
O MON, como elemento vivo e pulsante, tem como missão proporcionar experiências transformadoras ao expor múltiplas linguagens artísticas. Ao facilitar o acesso de seus visitantes à grandiosa obra de Norma Grinberg, cumpre o importante papel de sensibilizar pela arte.
Juliana Vellozo Almeida Vosnika
Diretora-presidente | Museu Oscar Niemeyer
Quanto mais um autor se aproxima da experiência de si mesmo, maiores são suas chances de tocar o universal. É no espaço-tempo de pesquisa, ensino e criação que este encontro entre observações, estudos, sonhos, técnica e imaginação, temperados com uma certa dose de ousadia inventora, se processa. O ateliê é o local-instante, sem definição geográfica ou temporal precisa, que concentra os meios facilitadores de uma gama de atividades articuladas, tendo como resultante um objeto-performance, a serviço da criação.
Toda exposição é um tempo especial na vida do artista em que o trabalho autoral se apresenta para o diálogo com o público; tempo de compartilhar indagações, explorar os caminhos que elas nos propõem e, muito mais do que distribuir certezas, abrir espaço para as incertezas. Do diálogo permanente, da contestação e contraponto nascem as novas perguntas de uma espiral sem fim, eternamente em busca de mais conhecimento, sentido e significado.
No caso da artista Norma Grinberg, trata-se de um perpétuo movimento, orquestrado pela razão e pela alma, no qual o barro é transformado pelo trabalho manual, pelas ferramentas, pela química, pelo fogo, subordinados à sensibilidade da artista. Em suas próprias palavras:
“Desde aquela experiência primeira com a cerâmica, continuo avançando no meu trabalho de investigação, descobrindo, além das suas potencialidades como matéria, suas aplicações e desdobramentos significativos na arte. Como artista, sei que as bases de uma produção ‘consistente’, tanto em matéria quanto em significado e amplitude interpretativa, são a liberdade e a consciência da experimentação. Isso implica registros e trocas de informações entre os que compartilham uma linguagem (...) não posso e não quero me esquivar do papel lúdico e rico de investigadora da linguagem artística, vasculhando seus meandros.”
É este percurso, que vai da matéria mais bruta e primordial aos sonhos mais elevados, que você é convidado a explorar e conhecer.
Daisy Grisolia
Curadora
No ditado popular paraibano – “O primeiro artesão foi Deus que, depois de criar o mundo, pegou o barro e fez Adão”. Não por acaso, o mito de criação dos humanos em quase todas as culturas passa pelo barro (humus). Primeiro, a forma a partir do pó da terra e, depois, o sopro da vida.
A história da cerâmica começa com a descoberta do fogo, elemento fundamental para a transformação do barro amorfo e permeável em material resistente e insolúvel. O fogo era protegido em buracos e daqueles revestidos com barro nasceram os primeiros potes. As artes cerâmicas acompanham os seres humanos desde seus primeiros passos na pré-história, situando-se na interface entre a produção de objetos para uso cotidiano e esculturas de valor ritual e sagrado. Potes, deusas e deuses sempre andaram lado a lado.
Nada é mais intenso nas artes cerâmicas do que o caminho do amorfo até a forma. Por mais que se dominem as técnicas, há sempre uma dose de acaso e mistério quando se tem em mãos um pedaço de barro e se começa a prepará-lo para a modelagem. Amassar repetidas vezes, eliminar bolhas de ar, encontrar a consistência exata fazem parte da boa técnica e são também etapas de um ritual de preparação para o primeiro embate entre criador e criatura, em que o principal elemento é a coragem de criar.
Estas proposições estão plenamente representadas nos “Bichos”, “Humanoides” e “Capselas” de Norma Grinberg. São obras que constituem, ao mesmo tempo, registro e recriação de seu universo experiencial. Frutos de inúmeras viagens pelo Brasil e pelo mundo, contém impressões sobre os animais do Pantanal, referências dos povos originários, arcos góticos, construções sagradas e figuras humanas inspiradas nos arquétipos cicládicos. Elementos que, ao longo de sua trajetória artística, nem sempre linear, vêm se decompondo, recompondo e transmutando em novas possibilidades, ao sabor dos desafios contemporâneos. Tudo muda, tudo pode mudar...
A transformação da argila bruta em elementos cerâmicos se faz pela interação dos 4 elementos: terra, água, fogo e ar. Para os índios americanos, a argila participa de um embate entre forças de um povo celeste contra um povo da água, ou mundo subterrâneo.
Na obra de Norma Grinberg, a conexão entre estas forças primordiais é re(a)presentada por alternância e sobreposição de elementos empilhados em estruturas verticais, ao modo de torres fincadas na terra e cujo cume busca, eternamente, tocar os céus. São módulos que se decompõem, multiplicam e se recompõem em alegorias simbólicas desenvolvidas através de toda a carreira da artista. As obras verticais têm sido apresentadas em grandes espaços livres e nos levam constantemente a interrogar sobre os limites entre a escultura e a arquitetura de ambientes.
Os “Humanoides” nascidos por volta de 1994 vêm desde essa época se transmutando em forma e significado, abrindo espaço para uma gama sem fim de narrativas que passam pelos mitos de origem da diversidade sociocultural dos humanos até as questões contemporâneas que estas mesmas características nos propõem.
A instalação “Babel” trata explicitamente deste tema. Segundo narrativas bíblicas, querendo atingir os poderes e saberes de Deus, os humanos construíram uma enorme torre de tijolos (de novo, a argila como constituinte). Foram castigados por sua ousadia com o aparecimento de muitas línguas, incompreensíveis de uns para os outros – era o aparecimento das diferenças entre os povos. Humanos, assim como os elementos cerâmicos “Humanoides”, são iguais em termos de estrutura e, ao mesmo tempo, tão diferentes em termos de cores, posições, influências e interferências. Humanos continuam, desde os tempos bíblicos, sempre em busca de uma organização que lhes permita aprender a conviver criativamente, e esta obra nos leva diretamente à reflexão: o que nos faz, ao mesmo tempo, tão iguais e tão diferentes?
“Eles não sabem nem sonham
Que o sonho comanda a vida
E que sempre que o homem sonha
O mundo pula e avança
Como bola colorida
Entre as mãos de uma criança”
(Manuel Freire)
Em tempos tão invadidos pelo pragmatismo, é sempre bom lembrar das palavras de Júlio Verne: “Tudo que um homem pode imaginar, um outro pode realizar.”
Os elementos cerâmicos, nas visões de Norma Grinberg, ocupam o espaço tridimensional com a leveza e desenvoltura do voo dos pássaros e dos sonhos de todos os humanos. Contemplar estes trabalhos pede à imaginação liberdade de pensar o nunca pensado e recolocar o sonho no comando da vida criativa, quer seja no campo da ciência, no território da arte e até mesmo da espiritualidade mais profunda.
“Voos e Flutuantes” são convites para transcender a materialidade e a lógica do possível em busca daquilo que se movimenta (ainda hoje) no território dos sonhos. São obras que se re(-)inventam a cada instalação, elementos nascidos livres da forma perfeita e definida, lúdicos e, por isso mesmo, capazes de desafiar a percepção e os sentidos a cada espaço-tempo em que se apresentam.
É do movimento entre o sonho e a realidade, entre as forças do céu e as forças da terra, mediados pela argila, que se faz a criação nas artes cerâmicas e na vida. Sonhar não é preciso (exato), mas é preciso (necessário). “Voos e Flutuantes” não cumprem outra missão além de abrir portais para o sonho e a imaginação.
“Da pura sensação à intuição da beleza, do prazer e da dor ao amor e ao êxtase místico e à morte – todas as coisas que são fundamentais, todas as coisas que para o espírito humano têm o mais profundo significado, podem ser apenas experimentadas, e não exprimidas. O resto é sempre, em qualquer lugar, silêncio. Depois do silêncio, aquilo que mais se aproxima de exprimir o inexprimível é a música.” (Aldous Huxley)
Exposição virtual
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Características de la exposición
Espacio físico
Restricción de movimiento
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