Museu Oscar Niemeyer sedia mostra de artistas contemporâneos premiados
Esta é a 5ª edição do Prêmio Marcantonio Vilaça e traz Amelia Toledo como artista homenageada
O Museu Oscar Niemeyer (MON) recebe dia 7 de julho, quinta, às 19h, nas salas 4 e 5, a exposição “Prêmio Marcantonio Vilaça”. Nesta 5ª edição (2015/2016), o público poderá conhecer obras da artista homenageada Amelia Toledo, os cinco artistas selecionados: Berna Reale, Gê Orthof, Grupo EmpreZa, Nicolás Robbio e Virgínia de Medeiros, além do trabalho do curador premiado Divino Sobral, que assina “Zona de Perigo”, com mais 12 artistas. A mostra tem curadoria geral de Marcus Lontra.
Os cinco artistas e o curador foram selecionados depois de um longo processo de análise e pesquisa que envolveu, além de 15 curadores, diversos profissionais da área de museologia e de administração cultural. “A intenção é valorizar nacionalmente uma representatividade que sintetiza o vigor e a diversidade da produção artística nacional nos dias de hoje”, aponta Lontra.
“O Museu Oscar Niemeyer oferece ao público a oportunidade de estar em contato com o que há de novo na mais recente produção artística nacional, resultado da seleção criteriosa realizada pelo Prêmio Marcantonio Vilaça”, afirma Juliana Vosnika, diretora-presidente do MON.
A mostra, de caráter itinerante, já passou por Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro e agora chega a Curitiba, no Museu Oscar Niemeyer, onde fica em cartaz até o dia 11 de setembro.
“Ficamos muito felizes em receber a exposição porque sua proposta vem ao encontro da nossa ideia de democratização da Cultura, com as obras percorrendo diferentes regiões do Brasil e com investimento em programas educativos”, comenta o secretário de Estado da Cultura, João Luiz Fiani.
Sobre o prêmio
O Prêmio CNI SESI SENAI Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas é um dos mais tradicionais prêmios de arte do país e completou 12 anos em 2016. Em suas cinco edições, 25 artistas e dois curadores foram contemplados com bolsas para produção de trabalhos que percorreram todo o Brasil.
A cada edição, o prêmio contempla cinco artistas, cujo trabalho é acompanhado por um crítico ou curador de arte. Ao fim dessa etapa, as obras selecionadas são reunidas em exposições itinerantes em algumas capitais estaduais, de diferentes regiões do país.
O prêmio propõe a integração das artes em suas diversas manifestações. A premiação também estimula a diversidade e a compreensão de valores éticos e estéticos por meio de iniciativas de arte-educação. Para os artistas, a iniciativa apoia a produção do trabalho e também o estudo crítico das obras, a divulgação em mostras e a documentação por meio de catálogos.
Zona de perigo
Além
dos cinco artistas, o prêmio também selecionou dois curadores. Um deles
é Divino Sobral, que traz ao Museu Oscar Niemayer (MON) a mostra Zona
de Perigo, que reúne 12 artistas, também selecionados por todo o Brasil.
Entre os nomes estão Alberto Bitar, Alexandre Vogler, Armando Queiroz,
Dalton Paula, Éder Oliveira, Felipe Steinberg, Helô Sanvoy, Leandro Lima
& Gisela Motta, Marcela Tiboni, Rodrigo Albert, Rosangela Rennó e
Zé da Rocha. "A intenção é pensar como a arte contemporânea se relaciona
com a violência", explica Sobral. O critério de seleção dos 12
artistas foi marcado pelo imaginário e pelo repertório. "O imaginário
inclui as armas, as balas, os criminosos, os crimes, a polícia, os
métodos de execução penal e o preconceito que gera criminalidade.
Buscamos a parti daí premiar uma diversidade de linguagens e a forma de
diálogo entre um artista e outro, em torno da mesma temática", diz o
curador.
A
artista Marcela Tiboni, de São Paulo, foi uma das escolhidas para a
Zona de Perigo e apresenta o trabalho Arsenal, no qual utiliza madeira,
papelão, lixa, fita adesiva e fogos de artifício estourados. “A
violência é um tema recorrente, mas nem sempre discutido. A arte e sua
estética representando um tema mais espinhoso, em um ambiente silencioso
como um museu, talvez facilite a reflexão, a transformação e a
modificação”.
Serviço
Abertura da exposição Prêmio Marcantonio Vilaça
Data: 7 de julho, quinta-feira, às 19h. Entrada gratuita.
Até dia 11 de setembro de 2016
Museu Oscar Niemeyer
Rua Marechal Hermes, 999
Visitação: Terça a domingo, das 10h às 18h
Ingressos: R$ 12 e R$ 6 (meia-entrada)
www.museuoscarniemeyer.org.br